Impressão de dólares americanos impulsionam a alta do Bitcoin
A queda do dólar está atingindo novos patamares à medida que os EUA estão imprimindo dinheiro sem precedentes, enquanto o modelo de escassez deflacionária do Bitcoin alimenta sua ascensão global.
O Federal Reserve vem cunhando novos dólares (USD) em velocidade recorde nos últimos meses, principalmente para fornecer pacotes de estímulos promulgados pelo governo dos EUA em resposta à crise econômica em curso causada pela Covid-19.
O índice do dólar americano atingiu seu ponto mais baixo em mais de 2,5 anos em 3 de dezembro, despejando para 90,5 de uma alta de mais de 103 em março deste ano. Para somar mais prejuízo à esssa equação, a taxa de inflação de longo prazo do dólar cresceu para 1,85%, passando por um aumento significativo desde a primavera deste ano, quando a mesma métrica era tão baixa quanto 0,5%.
O impacto da Covid na economia dos EUA
A economia dos EUA foi atingida pelos efeitos exacerbados e prejudiciais dos bloqueios do coronavírus, levando a fechamentos de negócios em todo o país, perda de emprego para milhões de americanos e a desvalorização da poupança das pessoas através da inflação do dólar. O fracasso da atual administração dos EUA em conter Covid em todo os EUA provavelmente terá repercussões de longo prazo sobre a saúde da economia americana por muitos meses, ou mesmo anos, por vir.
Dito isso, a provável secretária do Tesouro do governo Biden, Janet Yellen, é uma ex-presidente do Fed. Este fato por si só já ressalta o quanto essa política do Federal Reserve, de impressão de dólares no longo prazo, está bem clara na tomada de decisão macroeconômica do governo dos EUA.
As impressoras de dinheiro do Fed estão fazendo horas extras
Com isso em mente, à medida que pacotes de ajuda e projetos de lei de estímulo buscam aprovação através das salas do Congresso dos EUA, a crescente dívida dos EUA só vai se aprofundar e o balanço do Fed se expandirá ainda mais. A impressão de dinheiro está em um nível sem precedentes, e isso não vai ajudar, pois não cobrirá o crescente déficit orçamentário dos EUA, e o que é pior, vai prejudicar ainda mais a situação, uma vez que o poder de compra do dólar americano está diminuindo a cada dia.
Dado que o Fed fará uma reunião nos dias 15 e 16 de dezembro para definir sua política avançanda, é provável que vejamos mais pacotes de assistência e estímulo do governo sendo implementados, ou pelo menos tentados a tornar-se realidade. Tais pacotes de alívio e medidas governamentais abalarão ainda mais as opiniões do mercado global sobre a posição do dólar americano como moeda de reserva primária do mundo.
O Bitcoin realmente resolve esse problema?
Nós, que estamos dentro da comunidade global de Bitcoin e criptomoedas, muitas vezes, sarcasticamente, podemos acrescentar, e usar a expressão "Bitcoin solves this" ou “O Bitcoin resolve isso” para todo e qualquer problema que surge à superfície, sejam problemas financeiros domésticos ou graves problemas econômicos globais. Mas, estranhamente, a desvalorização do dólar americano e sua inflação crescente como resultado da impressão de dinheiro é uma situação clara de corte onde o mundo está começando a enfrentar a realidade: o Bitcoin realmente resolve esse problema!
Como sinal da mudança dos tempos, o CEO do maior fundo de gestão de ativos do mundo, Larry Fink, expressou a alta do Bitcoin em relação ao dólar quando declarou recentemente que "o Bitcoin torna o dólar americano menos relevante". Enquanto isso, muitos investidores institucionais, empresas de lista pública e gestores de fundos de cobertura estão divulgando a implacável impressão de dinheiro do Fed como uma das principais razões para eles escolherem o Bitcoin como o principal fundo de cobertura contra a inflação e a aparente queda do dólar americano.
Bitcoin vs Dólar americano
Embora a ascensão do Bitcoin supere sua alta de preço nesta semana, que é uma realização incrível por sí só, até por ser a primeira e maior criptomoeda do mundo, o BTC ainda é um minuto em termos de seu tamanho quando comparado com o outrora poderoso dólar americano. Comparar os dois não é, no entanto, apenas importante, mas essencial, pois as marés estão se virando à favor do Bitcoin em essencialmente todas as métricas possíveis.
Estima-se que o dólar americano tenha uma oferta circulante acima de 18,8 trilhões de DÓLARES, enquanto o Bitcoin atualmente está em 359 bilhões de DÓLARES em capitalização de mercado. Mas olhar para esses números em seu estado atual pode ser extremamente enganador. Em primeiro lugar, o Bitcoin é uma mercadoria comprovadamente e extremamente escassa, com apenas 21 milhões de BTC para serem cunhados e criados. Em segundo lugar, uma vez que a capitalização de mercado do Bitcoin se multiplicou 20 vezes nos últimos quatro anos e mais de 100 vezes nos últimos sete anos, o crescimento do alcance da rede Bitcoin e seu impacto global não podem mais ser ignorados.
Existe um influxo maciço do Bitcoin
Além disso, o Fed está continuamente resolvendo imprimir novos dólares ao enfrentar uma crise, aumentando a carga da dívida dos EUA e a inflação de sua moeda. Em contraste, o Bitcoin sempre estará reduzindo o fluxo de novos BTCs a cada quatro anos através de seus eventos de "halving". Além disso, estamos vendo uma enorme demanda por Bitcoin em países cujas moedas fiduciárias nacionais estão em profunda crise financeira devido à má gestão do governo, como Venezuela, Turquia, Irã, Argentina e outros, com um provável cenário de enfrentamento do dólar americano nos próximos anos.
Em conclusão, as abordagens paralelamente opostas do dólar americano e do Bitcoin sobre como lidar com oferta e demana, e a política financeira global servirão como base para o Bitcoin ameaçar a posição do dólar nos próximos anos. Começando pelo (USD) sendo inflacionário e depois, pelo (BTC) sendo deflacionário por natureza, é cada vez mais provável que em breve testemunharemos um enorme e sem precedentes fluxo de Bitcoin no mundo, como um fundo alternativo contra a queda do dólar americano.
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